Um dos casos mais misteriosos e chocantes envolvendo edifícios comerciais altos aconteceu em São Paulo, Brasil. O caso do Edifício Joelma continua a atrair muita atenção e deixar muitas pessoas com dúvidas acerca do que realmente ocorreu e do que ainda ocorre por lá até hoje. Vamos explorar essa história em detalhes, desde a construção do prédio até os eventos sobrenaturais relatados após o incêndio.

A história por trás do Edifício Joelma (São Paulo)

A Trágica História do Edifício Joelma

A tragédia que marcou o Brasil ocorreu em 1º de fevereiro de 1974, quando o Edifício Joelma foi palco de um dos maiores incêndios da história do país. A catástrofe resultou em 187 mortos e 300 feridos, deixando cicatrizes profundas e um mistério que ainda persiste.

Esse incêndio é considerado o segundo pior em arranha-céus do mundo em termos de vítimas fatais, perdendo apenas para o atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001. O evento deixou marcas não apenas físicas, mas também psicológicas e espirituais, com muitos relatos de eventos sobrenaturais ligados ao local.

Construção e Inauguração do Edifício Joelma

A construção do Edifício Joelma começou em 1969, sob a responsabilidade da construtora Joelma S/A. O prédio foi inaugurado em 1972 e era um dos mais modernos da época, com 25 andares. A tecnologia de prevenção de incêndios disponível na época foi implementada, mas, infelizmente, revelou-se insuficiente diante da tragédia que se seguiu.

O edifício abrigava registros e documentações no térreo e no subsolo. Os primeiros 10 andares eram destinados ao estacionamento, enquanto os escritórios ocupavam do 11º ao 25º andar. Este era o ambiente onde centenas de pessoas trabalhavam diariamente, confiantes na segurança do edifício.

O Incêndio

Na manhã de 1º de fevereiro de 1974, por volta das 8h50, um curto-circuito em um ar-condicionado no 12º andar deu início ao incêndio. Apesar da modernidade do prédio, faltavam elementos cruciais de segurança, como saídas de emergência e alarmes de incêndio.

Um funcionário tentou usar um extintor portátil, mas o calor intenso (cerca de 700 graus) e a fumaça densa tornaram seus esforços inúteis. O fogo se espalhou rapidamente, pegando de surpresa as quase 800 pessoas presentes no edifício. Os bombeiros demoraram cerca de 20 minutos para chegar ao local, tempo suficiente para o fogo atingir os andares superiores.

Os ocupantes dos andares mais baixos conseguiram escapar, mas aqueles nos andares superiores enfrentaram obstáculos insuperáveis. As escadas estavam em chamas e a multidão nos corredores complicava a fuga. Além disso, os vidros se quebravam e o oxigênio acabava.

O Destino dos 13

Um detalhe sombrio e trágico da história é o destino de 13 pessoas que conseguiram chegar a um dos elevadores que ainda funcionava. Já debilitados pela desidratação e pela inalação de fumaça, esses indivíduos esperavam chegar a um andar mais seguro. No entanto, o elevador ficou preso, pendurado entre os andares.

Percebendo que não havia saída e que o resgate era improvável, os 13 se abraçaram em um gesto final de solidariedade. Seus corpos foram encontrados após o controle do incêndio, em uma cena devastadora descrita pelos bombeiros que trabalharam na operação.

Os 13 foram enterrados lado a lado no recém-inaugurado cemitério de São Pedro. Essa parte da tragédia deu início a muitas histórias sobrenaturais que envolvem o Edifício Joelma e o cemitério.

Relatos Sobrenaturais e as “13 Almas”

Logo após a tragédia, começaram a surgir relatos de atividades paranormais no Edifício Joelma e no cemitério de São Pedro. Gritos, pedidos de socorro e gemidos são frequentemente ouvidos por testemunhas vindos da vala comum onde os 13 corpos foram sepultados.

Hoje, muitos acreditam que os espíritos dessas 13 vítimas ainda habitam o local, ganhando o apelido de “as 13 almas”. Em 2005, uma entrevista televisiva com Luiz Nunez, então zelador do prédio, trouxe à tona um relato perturbador. Segundo ele, em um momento de desespero devido aos barulhos estranhos, decidiu derramar água das suas regas nas 13 sepulturas, acalmando a situação. Esse gesto deu início ao costume de deixar um copo d’água nos túmulos das vítimas, como uma forma de apaziguamento.

Impacto Duradouro e Legado

O incêndio do Edifício Joelma deixou um impacto duradouro na sociedade brasileira. Além das vidas perdidas e dos feridos, a tragédia levou a mudanças significativas nas normas de segurança contra incêndios em edifícios comerciais e residenciais em todo o Brasil.

As histórias de assombrações e eventos paranormais que surgiram após o incêndio continuam a fascinar e assustar as pessoas. O Edifício Joelma tornou-se um símbolo não apenas de uma tragédia, mas também de mistério e lenda urbana.


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